Biópsia, o começo de tudo — Como um resultado pode mudar a vida de uma pessoa
Publicado em: 15/03/2024, 15:19
A biópsia é o começo de tudo. É uma etapa essencial para o diagnóstico preciso de várias doenças, incluindo o câncer. Ao examinar uma amostra de tecido sob um microscópio, é possível determinar a natureza e uma anormalidade — se é benigna ou maligna, e, caso seja um câncer, qual é o tipo específico. O exame histopatológico (análise da biópsia) pode concluir uma suspeita clínica, tendo por muitas vezes um papel fundamental na definição de condutas médicas. Além disso, é um grande aliado na identificação precoce de muitas doenças, o que propicia melhores prognósticos e mais possibilidades de tratamento aos pacientes.
Entenda mais sobre o que é uma biópsia neste artigo.
O que é biópsia?
A biópsia é um procedimento que envolve remover uma amostra de tecido de um órgão ou de uma massa suspeita no corpo para a análise em um laboratório. Existem também casos em que o médico faz a remoção completa do órgão ou lesão para ser feito o estudo histopatológico.
Quando uma biópsia é indicada?
A biópsia geralmente é prescrita quando o paciente apresenta certos sinais suspeitos em exames de imagem, como: radiografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. É muito importante no diagnóstico, direcionamento clínico e prognóstico.
Biópsia não é sinônimo de câncer
Muitas pessoas associam o termo “biópsia” ao câncer, porém, é importante ressaltar que receber um pedido médico de biópsia não significa ter uma suspeita de câncer. As biópsias são recomendadas em muitas condições médicas, como:
— Doenças inflamatórias, como a hepatite e a nefrite;
— Doenças infecciosas, como a tuberculose;
— Distúrbios imunológicos, como a pancreatite crônica;
— Úlcera péptica;
— Endometriose.
Tipos de biópsia
Todas as biópsias são procedimentos para obter amostras de tecido, podendo ser incisionais e excisionais. Normalmente, quando falamos de biópsia estamos nos referindo à incisional.
— Biópsia Incisional: remove-se apenas uma parte da área suspeita.
— Biópsia Excisional: retira-se a massa inteira ou uma lesão inteira para análise.
Além dessa classificação existem vários métodos de biópsia a depender do tecido, órgão ou região do corpo de interesse.
— Biópsia por Agulha: Esta técnica utiliza uma agulha grossa para remover uma pequena quantidade de tecido. É comumente utilizada para massas acessíveis através da pele.
— Biópsia Endoscópica: Utiliza-se um endoscópio para visualizar o interior de um órgão e coletar tecido. Frequentemente aplicada no estômago, bexiga e cólon.
— Biópsia por Aspiração a Vácuo: Uma técnica que usa sucção para coletar várias amostras de tecido, especialmente útil para a mama.
— Biópsia de Medula Óssea: Realizada para diagnosticar cânceres sanguíneos e outras condições, envolve a coleta de uma pequena amostra de medula óssea.
— Biópsia de Cone: Também conhecida como conização, é usada para remover tecido anormal do colo do útero, podendo detectar câncer cervical ou displasias que podem levar ao câncer.
— Biópsia do Linfonodo Sentinela: Verifica se as células malignas se espalharam a partir de um tumor original.
— Biópsia por Raspagem: Utiliza uma lâmina para coletar uma pequena amostra de células da pele.
— Biópsia Líquida: Diferentemente das biópsias convencionais, que extraem tecido sólido para exame, a biópsia líquida examina fluidos corporais, como sangue, em busca de dados genéticos e moleculares que indiquem doenças, incluindo o DNA livre circulante (ctDNA). Esta técnica é particularmente promissora na oncologia, oferecendo vantagens para diagnóstico precoce, identificação de alvos terapêuticos, acompanhamento do tratamento, personalização das intervenções médicas, monitoramento da evolução do câncer e detecção de recidivas.
Como o exame de biópsia é realizado?
A realização da biópsia depende da localização e tipo da lesão, podendo ser feita em consultórios, laboratórios ou hospitais, utilizando métodos específicos como endoscopia para o trato digestivo ou colposcopia para o sistema reprodutivo feminino. Exames de imagem, como a ultrassonografia e a radiografia podem orientar o médico clínico durante o procedimento de biopsia, sendo escolhido o mais apropriado com base na doença ou órgão a ser biopsiado.
O que esperar após a biópsia?
Após uma biópsia, a amostra de tecido é enviada ao laboratório de patologia para ser examinada e analisada por meio do estudo histopatológico. O tempo necessário para obter os resultados varia dependendo do tipo de tecido e dos testes que estão sendo realizados.
A importância de um laboratório de patologia completo
Um laboratório de patologia equipado com tecnologia avançada e especialistas qualificados é essencial para a análise precisa de biópsias. Com o DB Patologia você conta com uma infraestrutura moderna e médicos patologistas de diversas áreas específicas para garantir qualidade e assertividade nos exames anatomopatológicos e de patologia molecular.