Julho Verde — Mês de Conscientização do Câncer de cabeça e pescoço

Em 27 de Julho celebramos o Dia Mundial de Prevenção e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço e ao longo do mês promove-se atividades de conscientização a este tipo de câncer. A medida visa chamar atenção da população e autoridades de saúde para a importância do combate à doença que, ao longo dos anos, vem aumentando.  

O câncer de cabeça e pescoço são tumores que podem surgir nos lábios, cavidade oral, faringe, laringe, cavidade nasal e tireoide. É o quinto tipo de câncer mais prevalente em homens (cavidade oral) e o quarto em mulheres (glândula tireoide). Este tema é tão relevante, que em 2016 estimava-se 5.870 novos casos, representando 2,9% dos tumores do tipo não melanoma em mulheres. Atualmente estes números praticamente dobraram e, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados 11.950 novos casos.

(fonte: INCA)

 

Fatores de risco 

 

Diferentemente dos outros tipos de tumores, as principais causas para o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço estão bem estabelecidas. São elas tabagismo, etilismo e a infecção por papilomavírus humano (HPV).    

O tabagismo e o etilismo são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de tumores deste tipo, principalmente quando associados. Fumantes apresentam, por exemplo, 10 vezes mais chances de desenvolver câncer de laringe do que não fumantes e quando associado o consumo de álcool este risco pode aumentar em até 43 vezes. A infecção pelo papilomavírus (HPV) tem contribuído, nos últimos anos, com o aumento na incidência de câncer orofaringe e seu contágio está associado a prática de sexo oral sem preservativo e pessoas com múltiplos parceiros sexuais.  

 

Sinais e sintomas 

 

Os sintomas podem surgir na boca, nos seios paranasais, no nariz ou na garganta e incluem ferida ou nódulo que não cicatrizam, dor de garganta persistente, dificuldade para mastigar ou engolir e mudanças na voz. Outros sintomas podem estar presentes: 

— Dor na boca que não passa (também muito comum, mas em fases mais tardias);

— Área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, amígdala ou revestimento da boca; 

— Irritação na garganta ou sensação de que alguma coisa está presa ou entalada;

— Dificuldade para mover a mandíbula ou a língua;

— Dormência da língua ou outra área da boca;

— Perda de peso;

— Mau hálito persistente.

 

Se qualquer um dos sintomas persistirem por mais de duas semanas, busque ajuda profissional. A detecção precoce e o tratamento inicial aumentam em 80% a sobrevida nesse tipo de tumor.

 

 

 

Prevenção 

 

Algumas medidas podem ser adotadas para diminuir as chances de desenvolvimento deste tipo de tumor: 

— Dieta equilibrada rica em verduras, legumes e frutas. A carne vermelha, quando consumida em grandes quantidades eleva o risco de surgimento de tumor orofaringe, principalmente quando preparado em churrasqueira, devido a presença de elementos carcinogênicos no carvão.

— Evitar tabagismo e consumir bebidas alcóolicas com moderação. É importante ressaltar que pessoas com maior risco de desenvolvimento deste tipo de câncer, principalmente fumantes, devem conversar com seu médico para buscar estratégias para redução de risco e adequar a frequência dos exames de acompanhamento.

— Usar preservativo durante a prática sexual, incluindo sexo oral, prevenindo deste modo infecção pelo HPV. O subtipo de alto risco 16 é o que está mais fortemente associado ao câncer de boca. 

 

Testes Moleculares 

 

Com o avanço dos estudos da medicina oncomolecular novos horizontes surgiram beneficiando pacientes e auxiliando médicos ao fornecer diagnóstico preciso e personalização da conduta clínica. O DB Molecular apresenta amplo portfolio no segmento, na tabela abaixo encontram-se alguns testes que atendem este tipo de câncer: 

— BRAF: Detecta mutações no protooncogene BRAF (associado com carcinoma papilífero);

— HPVABP: Genotipagem hpv 35 tipos, baixo e alto risco;

— MEN1S: Estudo molecular de neoplasia endócrina múltipla tipo 1;

— MGMT: Estudo de metilação de promotor do gene MGMT;

— RETIS: Analisa alterações nos ÉXONS 5, 8,10,11, 13-16 do gente RET. 

 

 

Texto elaborado pela equipe de Especialistas de Produtos do DB Molecular. 

 

 

Referências  
SBCCP- http://sbccp.org.br/campanha-nacional-de-prevencao-do-cancer-de-cabeca-e-pescoco/  
INCA- https://www.inca.gov.br/estimativa/estado-capital/brasil 

• Compartilhe esse post
•