02 de Abril — Dia mundial de conscientização do Autismo

 

Dia 2 de abril é conhecido como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um distúrbio do neurodesenvolvimento que se caracteriza por prejuízo na comunicação verbal, não verbal, na interação social e por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.

Entenda mais sobre o TEA, seus sinais, o diagnóstico e confira o depoimento de um pai que demorou a descobrir o autismo em seu filho. Continue a leitura:

 

Diagnóstico clínico - como é realizado

 

São realizadas distinções de acordo com o nível de gravidade em relação à interação, comunicação e autonomia, variando entre: exigindo apoio, exigindo apoio substancial e exigindo apoio muito substancial (DSM-V).

O diagnóstico é clínico, realizado com base na avaliação de equipe multidisciplinar, contabiliza o comprometimento comportamental e social do paciente através de escalas padronizadas. A finalidade é concluir se a análise preenche critérios para TEA.

No caso do pai e psicólogo Luiz Eduardo, seu filho só foi diagnosticado com 10 anos idade, depois de muitas tentativas de diagnóstico inconclusivo. Ele conta que foram muitas pesquisas, até chegar em uma neuropediatra que conseguiu fazer o diagnóstico correto em seu filho.  

Existem evidências de que fatores genéticos são determinantes para a manifestação do fenótipo autista. Dessa forma, a análise genética de uma criança com TEA pode auxiliar na identificação dos fatores causais, assim como, permitir um aconselhamento genético com risco de recorrência mais preciso.

 

Autismo e Suas Características

 

• Choro ou riso inapropriados;
• Ausência de respostas às tentativas de interação;
• Ausência de contato visual direto;
• Ausência de brincadeiras de “faz de conta”;
• Caminhar de um lado para o outro o tempo todo;
• Ausência de curiosidade por outras crianças;
• Demonstração de incômodo em ambientes com muitas pessoas, luzes ou barulhos;
• Respostas exacerbadas a barulhos;
• Comportamentos como balançar as mãos quando agitados;
• Irritação com mudanças na rotina ou mudanças nos ambientes;
• Não chamar a mamãe e o papai
• Não apontar ou pedir o que quer;
• Falta de compreensão de duplo sentido, ironia ou sarcasmo;
• Ausência de fala funcional.

 

O pai do Luiz Eduardo Filho relata:

“O laudo do meu filho foi dado como grau severo. No início da sua infância identificamos uma dificuldade no desenvolvimento do que seria o normal para sua idade, porém, ele sempre soube demostrar amor, com abraços, contato visual e afeto. Meu filho é extremamente carinhoso.”

Logo é possível confirmar que cada caso pode ter diferentes sinais, mas nem sempre o indivíduo portador de TEA vai necessariamente apresentar todos os citados acima.

 

Prestar atenção no desenvolvimento é fundamental

 

É importante que os pais se atentem aos marcos do desenvolvimento intelectual, emocional e social de seus filhos, compartilhando com pediatra, neurologista ou psiquiatra quaisquer preocupações. O diagnóstico precoce ajuda a adquirir habilidades necessárias para o bem-estar e realização de tarefas diárias básicas. Quanto antes os pais procurarem por ajuda especializada, melhor será o prognóstico da criança.

Luiz Eduardo Costa também fala sobre a questão do preconceito, que vem melhorando com o decorrer dos anos, porém ele deixa o seguinte recado:

“Os pais precisam estar preparados, com possíveis situações que podem passar, caracterizadas como preconceito com o comportamento do indivíduo autista. Muitas vezes um julgamento equivocado vai acontecer devido ao comportamento da criança.”

Ele ainda completa dizendo que:  

“Para os pais que estão descobrindo esse diagnóstico em seus filhos, que se proponham a amar incondicionalmente, pois eu aprendi uma nova forma de amor com o meu filho e aprendo mais até hoje. O conselho que eu deixo é: Ame, que o amor possa estar presente o tempo inteiro para vencer todas as possíveis barreiras que aparecerão.”  

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